Corregedoria investiga suposto envolvimento de policiais na morte de adolescente de 15 anos em Porto Alegre
02/04/2024
Vítima foi atingida por tiros e morreu durante atendimento médico. Câmera de segurança registrou momento em que adolescente corria de uma viatura da Polícia Civil. Caso aconteceu na última quinta-feira (28). João Vitor tinha 15 anos e morreu após ser atingido por tiros, em Porto Alegre
Reprodução/RBS TV
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol) investiga o suposto envolvimento de policiais civis na morte de um adolescente de 15 anos, crime que aconteceu na última quinta-feira (28) em Porto Alegre. João Vitor Macedo foi ferido a tiros e morreu durante atendimento médico no Hospital de Pronto-Socorro.
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De acordo com o Chefe de Polícia do Estado do Rio Grande do Sul, Fernando Sodré, a vítima foi encontrada com vida em uma rua do bairro Agronomia. Testemunhas teriam apontado que os responsáveis pelo crime eram policiais.
Nesta terça-feira (2), familiares e amigos de João bloquearam uma rua da Capital, em protesto pedindo por justiça no caso.
Familiares contam que imagens registradas por uma câmera de segurança mostram o momento em que o adolescente, junto de outra pessoa, corre de uma viatura policial, a partir da Avenida Bento Gonçalves, em direção a uma rua do bairro. Os dois entram na rua, a viatura segue atrás e todos saem do quadro da câmera.
Algum tempo depois, a outra pessoa é vista nas imagens correndo no sentido oposto e a viatura segue atrás. João Victor não é visto. Mais tarde, ele foi encontrado ferido no local.
Familiares e amigos de João Vitor se manifestaram em Porto Alegre para pedir por justiça
Reprodução/RBS TV
O delegado Sodré confirma a legitimidade das imagens da câmera de segurança. Elas não foram cedidas à imprensa porque, segundo a polícia, poderia atrapalhar as investigações.
Ele explica que a investigação policial tenta esclarecer o que teria acontecido no momento que não é registrado em vídeo. Afirma, ainda, que a viatura vista através da câmera é do Departamento de Polícia Metropolitano e que dentro dela estavam dois policiais civis.
A mãe de João, Juliana Lopes Macedo, diz que o filho e a segunda pessoa estariam tentando cometer assaltos a pedestres quando o fato aconteceu. "Se ele estava errado, ele deveria estar no Deca (Departamento Estadual da Criança e do Adolescente), ele não deveria estar morto", afirma.
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